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O "vazio" no estômago

Atualizado: 9 de jan. de 2023

Desde o nascimento, a grande maioria das pessoas come de maneira ininterrupta. (Importante ressaltar desde o início deste texto, que quando se trata do tema alimentação, e escolha alimentar, estamos considerando o grande grupo de pessoas que não passa por situações de extrema pobreza e fome real, que infelizmente, ainda existe, mesmo com tanta abundância e diversidade no planeta que habitamos). Quando bebês, a mãe nos dava o peito a qualquer sinal de choro, e nem sempre pedíamos comida. Crescemos com o costume de fazer pelo menos três refeições por dia, tendo apetite ou não, sem contar as beliscadinhas entre as refeições. Considerando que o corpo leva pelo menos 4 horas para completar o processo digestivo de uma refeição relativamente leve, então, ele mal termina uma tarefa para logo em seguida iniciar outra. Será que o corpo não cansa?


No ritmo de comilança em que vivemos, perdemos a noção do que vem a ser o verdadeiro apetite. Nesta situação sentimos necessidade de comer quando o estômago se esvazia, mas a digestão continua nos intestino. Deveríamos sentir fome depois que o trabalho terminasse por completo.


O vazio que sentimos no estômago nem sempre significa exatamente fome. Na verdade, a maioria das vezes, não é. Principalmente se este órgão estiver dilatado devido aos excessos alimentares ou por ingerirmos líquido nas refeições.


Então, como podemos reconhecer o verdadeiro apetite?


Através do Jejum


É uma prática milenar e realmente eficaz para proporcionar ao corpo o descanso merecido e para recuperarmos um apetite saudável. Ao ficarmos em jejum, começamos a utilizar nossas reservas nutritivas. Consumimos estes nutrientes e expelimos toxinas acumuladas, inclusive metais pesados advindos da poluição do meio ambiente. Expulsamos rapidamente todo o lixo que não foi removido do nosso organismo durante muitos anos.



Por outro lado, quando paramos de ingerir alimentos, o corpo coloca-se em estado de alerta, reforçando assim suas defesas, ativando os mecanismos de sobrevivência e fortalecendo-se. Quanto mais longo é o tempo de retiro, maior a intensidade dessa reação.


O repouso que lhe é proporcionado vai dar condição de reestabelecer a ordem dos seus sistemas. Se um determinado órgão ou aparelho não estiver em perfeito estado, a natureza se ocupará de restaurar o equilíbrio, o máximo que puder.

Em resumo o jejum desintoxica profundamente, descansa, regenera todo o organismo e desenvolve hábitos saudáveis. O melhor momento para colocá-lo em prática é quando o corpo pede e, naturalmente, perdemos a vontade de comer. Todos os animais respeitam isso quando ficam doentes. Simplesmente não comem. Outra opção também, é você se organizar para fazer um processo de jejum mais longo como instrumento para sua jornada espiritual e/ou autoconhecimento. No Portal Parvati temos dois retiros longos, ambos em 21 dias. O Prana Prasakti, o qual a primeira semana de retiro é feita em jejum total; e o Purificando, o qual a primeira semana é feita ingerindo água.


Uma prática de jejum como ferramenta para o autoconhecimento, permite que você conheça mais profundamente seus condicionamentos, crenças, padrões... e como eles agem em seu sistema físico, mental e emocional. Dessa forma você tem uma oportunidade muito clara para escolher novas formas de agir e romper com essas correntes que perpetuam mecanismos de conduta geradores de sofrimento em sua vida.


Um convite é que daqui pra frente, possamos ficar mais atentos aos nossos intestinos, e menos subordinados aos condicionamentos. Observando com sinceridade, os benefícios são certos. No mínimo, seremos mais responsáveis e coerentes com as escolhas que fazemos em quantidade e qualidade dos alimentos.

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