O caminho do autoconhecimento e autodesenvolvimento que leva à um estado de plenitude consigo mesmo e com todas as relações, exige algum grau de disciplina e determinação, mas também confiança e entrega. Esse caminho tem em sua origem uma busca que se revela também como o encontro em si: a Presença do Ser.
Respirar conscientemente é uma prática fundamental para aumentar e estabelecer a conexão com a Presença. Sabemos que uma vida plena só é possível quando estamos presentes, pois, só assim, nos harmonizamos com a lei universal da natureza, desenvolvendo a compreensão do fenômeno de mudança permanente de todas as coisas, assim como acontece no próprio ciclo da respiração, o constante inspirar e expirar que sustentam a continuidade da vida. Dessa forma, podemos enfim reconhecer a beleza intrínseca de tudo que existe, desde a origem do ser, aos acontecimentos e fatos.
A consciência da respiração é a ponte direta para a conexão com a Presença, e apesar da simplicidade do ato em si, é uma ação que só se desenvolve a partir da prática constante, ininterrupta, dia após dia, o máximo possível.
Estar consciente da respiração nos permite aprofundar a conexão e domínio dos nossos órgãos dos sentidos, o que por sua vez, possibilita um aumento da concentração da nossa mente. Uma mente concentrada é uma mente mais pura e relaxada, uma mente relaxada é origem de um corpo em paz e harmonia, um corpo em harmonia permite que a energia circule com maior fluidez, e energia em fluxo livre é determinante para a qualidade da vida e das relações.
O mestre do zen-budismo, poeta e ativista da paz, Thich Nhat Hanh, em seu livro A Arte de Viver, retrata a arte de respirar conscientemente como uma música, em suas palavras, sabiamente, orienta: “Ao inspirar você sabe que está inspirando e devota toda a sua atenção ao ato de inspirar. Ao inspirar, existe paz e harmonia no corpo inteiro. Ao expirar, você sabe que está expirando. Ao expirar existe calma, relaxamento e você se deixa levar. Permite que todos os músculos do seu rosto e de seus ombros relaxem. Você não precisa se esforçar para inspirar e expirar. Não é necessário nenhum tipo de esforço. Você não deve interferir na respiração. Basta permitir que isso aconteça naturalmente. Ao inspirar e expirar, imagine alguém tocando uma longa nota em um violino, movimentando o arco para frente e para trás entre as cordas. A nota soa contínua. Se você quisesse desenhar uma imagem da sua respiração, ela seria como o desenho de um oito e não de uma linha reta, pois existe continuidade quando sua respiração flui para dentro e para fora. A sua respiração se transforma em música. Respirar assim é mente atenta. E quando você sustenta a mente atenta, existe concentração. Quando existe concentração, existe o vislumbre… uma revelação, trazendo mais paz, compreensão, amor e alegria à sua vida.”
A respiração consciente compõe a base de práticas de nossos retiros. Aqui no Portal Parvati temos o tempo e espaço propícios para dedicar ao desenvolvimento da consciência da respiração, longe de estímulos sociais, podemos fortalecer a conexão com a respiração e, consequentemente com a nossa própria presença. Melhorando a qualidade da relacao com nós mesmos, com o outro e com o planeta.
コメント